Quantos ecossistemas e sítios arqueológicos cabem em 528 mil hectares de manguezais e florestas e mais 120 quilômetros de litoral no México? De acordo com a Unesco, o suficiente para a Biosfera Sian Ka’an ser considerada Patrimônio Nacional! E, no literário imaginativo, para ser o refúgio maia ou “onde o céu nasce”, ao que o nome traduzido se refere.

Pelo menos um dia todo será necessário para explorar suas águas, suas terras e conhecer seus habitantes, estes, por sua vez, descendentes do povo maia e ativamente motivados pela sustentabilidade da comunidade local e de seu entorno. Graças a sua conservação do território esse passeio é também cultura e exclusividade,  celebrada com seus mais de 23 sítios arqueológicos a serem visitados por, no máximo seis pessoas por vez. Ou seja,  o turismo em massa não chegou por aqui e a interação com a natureza é genuína (o que reforça que falar sobre ecologia é também falar sobre bem-estar).

Há diferentes formas de conhecer a vida da Biosfera Sian Ka’an:  O passeio de barco pelo “ancient canal” (antigo canal) que atravessa o caminho de animais exóticos como crocodilos, peixe-boi e aves. Ou mergulho entre a segunda maior barreira de corais da Mesomérica – que passa bem na frente-  para ver mais de perto as criaturas marinhas. Passeio de flutuação nos canais de mangue, ou um 4×4 para conhecer a antiga rota maia,  ruínas ou até para celebrar casamento, ao longo da sua extensa faixa de praias desertas. 

Para ir até a entrada do parque você terá que seguir por 10 quilômetros na orla de Tulum e chegando lá será necessário apresentar uma identificação, pagar uma taxa de aproximadamente US$ 3 e seguir pela estrada de terra até o ponto combinado para o passeio – são 35 quilômetros de estrada, duas a três horas para  percorrê-la inteira, mas muitas vezes as atrações são ao longo do caminho. De qualquer forma, esteja com um 4×4, seja seu próprio ou de um guia (com certeza, a melhor opção).  Se for com seu próprio carro, encha o tanque em Tulum porque ao longo do caminho não há postos de gasolina.

Há algumas excursões que incluem guia, passeios variados, refeição local e ainda designam o valor para a manutenção da biosfera, como, por exemplo, “O ultimo maya”. Uma alternativa para encurtar distâncias e emergir de verdade no ambiente e no ritmo local são as hospedagens nas comunidades maias Muyil, Tampak e Punta Allen.