Chapada dos Veadeiros - Guia de Destinos Chapada dos Veadeiros
Chapada dos Veadeiros

Chapada dos Veadeiros

Por: Carolina Varella

Conheça a Chapada dos Veadeiros e o cerrado brasileiro: de solo mais antigo que o da Floresta Amazônica e o da Mata Atlântica, morada para milhares de espécies endêmicas e a savana mais rica do mundo. O cerrado engana com sua coloração de aspecto enfraquecido, suas árvores de troncos tortuosos, de cascos quebradiços, e da, aparente, ausência de água.

A verdade é que esse bioma traduz riqueza e fertilidade; mesmo que de uma maneira difícil de ser percebida no começo. É preciso imergir para se tornar testemunha do seu valor: às vezes 15 metros para baixo da terra, até alcançar as águas dos lençóis freáticos, às vezes viajando até a Chapada dos Veadeiros, a fim de presenciar a força das águas que escorrem de cima dos morros ou cânions.

 

BERÇO DAS ÁGUAS: NORTE, SUL, LESTE E OESTE


E como dimensionar a importância da água nessa região árida? Conhecido como ‘berço das águas’, é no cerrado que nascem os rios que formam as principais bacias do continente sul-americano. Aqui, a secura paira sobre a terra, enquanto as águas correm por debaixo – atravessam como rios ou se irrompem das alturas. E correm para o sul, para o norte, para o leste e oeste do Brasil.

Aliás, o próprio tempo do cerrado é marcado pela água: metade do ano pela época de cheia e a outra metade pela época de seca. Dois mundos completamente diferentes, mas complementares.

 

INCÊNDIOS: basta uma bituca

Só o homem mesmo para atrapalhar esse equilíbrio perfeito, com sua, cada vez mais insuportável, incapacidade de coexistir com o que é natural. Por conta do homem, o cerrado está se fragmentando, perdendo-se. Se na época da cheia, acontecem fogos naturais, causados por raios, na época da seca eles continuam acontecendo, mas pela ação do homem. E quando se destrói vegetação, também se destrói mananciais.

É o tipo de fogo que provoca estragos difíceis de serem revertidos. E uma vez que as plantas do cerrado funcionam como combustível, quando isso é somado a ausência de chuva, característica da época da seca, basta uma bituca de cigarro, uma fogueira mal planejada para o fogo se alastrar. Às vezes, ele também é causado pelas ações contra ofensivas dos fazendeiros, em resposta à criação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. E para somar ao problema, a região ainda não conta com uma brigada contra incêndios, sendo necessário que a própria sociedade civil se mobilize a cada novo incêndio.

 

FLORESTA DE CABEÇA PRA BAIXO

Foram necessários mais de 65 milhões de anos para esse bioma se formar; tão antigo que 70% da sua biomassa está dentro da terra (por isso também chamado de “floresta de cabeça para baixo”). O homem está aqui só há 11 mil anos e já destruiu 43% de todo o bioma; e segue destruindo em ritmo acelerado. Além do fogo, a expansão do agronegócio e a evolução do turismo, transformam constantemente o cerrado. ‘Só mais 30 anos’: é o tempo de vida restante do cerrado, segundo pesquisadores.

Mas aí que está a importância de um lugar como a Chapada dos Veadeiros; o bioma do cerrado é como um mosaico de Chapadas, sendo uma delas a dos Veadeiros que, por sua vez, é a maior porção contínua de cerrado, justamente porque é onde está o Parque Nacional, o que lhe garante uma grandíssima área de preservação natural. Sob uma grande placa de quartzo rosa, essa região é um destino de natureza muito famoso e está ganhando cada vez mais destaque.

 

CRISTAS E BANHOS ENERGÉTICOS

A Chapada dos Veadeiros, cujo nome deriva dos cães caçadores de veados que habitam a região, tem hoje seu nome relacionado também ao misticismo e a conexão com a natureza. Cortada pelo paralelo 14, a Chapada é um dos mais conhecidos ‘portais para o mundo invisível’, regado a banhos energéticos e histórias proféticas. E realmente parece quase um universo paralelo, uma vez que consegue se manter preservado em relação ao restante do estado de Goiás.

Fique em Alto Paraíso, São Jorge ou Cavalcante, baixe o aplicativo Wikloc, que oferece GPS das trilhas do cerrado e do mundo e explore essa região tão abençoada. Aprenda com as lições desse lugar, se banhe de endorfina e água de cachoeira, dance muito forró e coma deliciosamente.

  • Localização Centro-oeste Brasil Chapada dos Veadeiros
  • Moeda Real
  • Idioma Português
Quando Ir

Época da cheia.

A partir de setembro, a chuva começa a cair, lentamente; e vai ganhando força até atingir seu ápice nos meses de dezembro e janeiro. Depois, o volume de água das chuvas e dos rios começa a diminuir até por fim cessar no mês de abril, quando se inicia o período de seca no cerrado.

Na época da chuva, você conhecerá uma Chapada tomada pela água. O que para alguns pode significar apenas águas barrentas, cabeças d’água, raios e, por consequência, queimadas, outros vem a oportunidade de ver a natureza na sua máxima força. O cenário muda completamente!

Época da seca.

A seca vai de abril a setembro e é a temporada mais famosa entre os turistas, especialmente o mês de julho. Com a calmaria decorrente da ausência de chuvas, a natureza deixa de ser um cenário mais contemplativo para se tornar bem mais interativo.

Nessa época, você está mais seguro mergulhar nas suas águas e realizar as trilhas, sem dividir a atenção da natureza com as chuvas.

A maioria das cachoeiras estão abertas na temporada de seca, porém, se você for em setembro, que é o último mês da seca, você poderá encontrar as cachoeiras com pouca água, mas nada muito dramático e impeditivo, muitos turistas vão nessa época.

O trajeto mais comum é feito de avião. O aeroporto mais próximo da Chapada dos Veadeiros fica em Brasília e está localizado a 237 quilômetros de distância de Alto Paraíso, o principal vilarejo da região e o preço da passagem de avião pode variar entre R$ 150 e R$ 2.000.

Por conta dessas oscilações gigantescas, que acontecem até mesmo no mês de julho (ápice da temporada), é realmente interessante ‘ativar o sininho’, porque eventualmente podem surgir promoções bem generosas; outra dica é para comprar a passagem com bastante antecedência, isso te garantirá valores muito bons. Se combinar esses dois fatores então, poderá chegar em valores como R$ 150 ida e volta.

E depois de aterrissar, a melhor forma de percorrer o trajeto aeroporto-chapada seria de carro, o que leva 3 horas (dificilmente haverá trânsito). Durante a viagem, devido a longa distância entre os passeios, a recomendação é para que você tenha o seu próprio carro, desse modo, você terá sua autonomia e isso fará toda a diferença.  

Estar de carro na Chapada é a opção mais vantajosa, a menos que você esteja fechando pacotes de excursão para a viagem, que inclui traslados aeroporto-chapada (ou você também pode pagar para um táxi ou um Blablácar te levar até o seu respectivo vilarejo na Chapada).

 

IR DE CARRO

Para os aventurosos (palavra bonita para não precisar dizer econômicos), existe uma alternativa: ir de carro. Se considerarmos a saída de São Paulo serão 1.193 quilômetros de estrada, o que equivale a quase 15 horas. Se você estiver em um pessoal, disposto a dividir a direção, essa opção é ainda mais viável.

É uma oportunidade de chegar na Chapada tendo atravessado o Brasil, observando pela janela a transição do Sudeste até chegar em meio ao árido Centro-Oeste do Brasil. Essa experiencia é para poucos, até porque você acaba perdendo dois dias de viagem só com a locomoção e para muitos viajantes não compensa

 

ÔNIBUS

Aos que insistem em ir sem carro, ônibus também é uma opção. A rodoviária de Brasília fica ao lado do aeroporto e oferece ônibus para Alto Paraíso a partir de R$ 50. O primeiro ônibus sai por volta das 10h, o último por volta das 21h e o trajeto dura cerca de quatro horas.

Caso você esteja se hospedando em São Jorge ou Cavalcante, é interessante contatar a sua pousada ou o seu locatário, por exemplo, para saber se eles conhecem alguém que poderia te levar de Alto Paraíso até seu respectivo vilarejo. Eles provavelmente conhecem, principalmente se for para te levar até São Jorge, que fica só a 40 minutos de distância. Já Cavalcante fica a 1h30 então pode ser mais complicado, mas há muitas pessoas que realizam esse serviço, não custa nada perguntar.

A Chapada é conhecida pelas caronas e ao longo da viagem você realmente vai ver muitas pessoas na beira da estrada pedindo uma carona, mas, nem por isso, a experiência é de todo fácil. Se você for sem seu próprio carro, a menos que você esteja com um pacote de passeios fechados, você sempre dependerá da boa vontade alheia e, muitas vezes, dos seus respectivos itinerários, sem conseguir ‘escolher’ para onde ir. Falo por experiência!  

 

TÁXI /BLÁ BLÁ CAR

Saindo do aeroporto você verá uma fila de táxis dos quais, alguns, estão dispostos a levar você até o seu vilarejo na Chapada dos Veadeiros. O custo do trajeto varia de R$700 a R$850.

Para os econômicos ou para os que querem garantir a carona antes de sair de casa, outra opção é o BlaBlá Car, aplicativo de carona para viagens que costuma sair bem mais em conta, cerca de R$40 e você consegue agendar com antecedência. Você só precisa baixar o aplicativo e procurar por uma carona que coincida com os seus horários, tanto na saída do aeroporto quanto na volta (a menos que você mude a forma de locomoção em algum dos trajetos). Entre ônibus e táxi, essa é a melhor opção, porque é mais barata e mais exclusiva.

 

 

ALUGUEL CARRO

Para uma semana, o custo do aluguel de um carro básico é a partir de R$ 700; mas também leve em conta os gastos com gasolina. A de Goiás é considerada uma das mais custosas do Brasil, com uma média de R$ 6,55 no ano de 2021, além de que a gasolina do posto de Alto Paraíso está — supostamente — adulterada, ela acaba bem mais rápido do que o normal.

E para uma viagem em que você percorrerá longas distâncias, em estradas de terra e asfalto, estas consumidas por um calor latente (haja ar-condicionado), você gastará muita gasolina. Contabilize um total de R$ 1.500 para arcar com as despesas do transporte (aluguel do carro e gasolina), despesas potencialmente divididas em pelo menos mais uma pessoa.

Aliás, não é imprescindível, mas o ideal mesmo é que você alugue um carro 4×4 para evitar qualquer perrengue. Se não um 4×4, considere ao menos alugar um carro alto. Isso até lhe permitirá conhecer certas cachoeiras inacessíveis por carros que não são 4×4 ou altos, o que acontece bastante na época da cheia, de novembro a março, quando os rios aumentam muito o volume.

Os carros 4×4 costumam ser mais caros, mas, se você mapear um roteiro para a sua viagem, você vai descobrir que algumas cachoeiras só poderão ser acessadas desta forma ou, pelo menos, acessadas de uma maneira mais tranquila e rápida. E para que você não tenha que contratar um guia com 4×4, o que pode custar um bom dinheiro, você já garante seu próprio carro 4×4.

 

Como Chegar

O trajeto mais comum é feito de avião. O aeroporto mais próximo da Chapada dos Veadeiros fica em Brasília e está localizado a 237 quilômetros de distância de Alto Paraíso, o principal vilarejo da região e o preço da passagem de avião pode variar entre R$ 150 e R$ 2.000.

Por conta dessas oscilações gigantescas, que acontecem até mesmo no mês de julho (ápice da temporada), é realmente interessante ‘ativar o sininho’, porque eventualmente podem surgir promoções bem generosas; outra dica é para comprar a passagem com bastante antecedência, isso te garantirá valores muito bons. Se combinar esses dois fatores então, poderá chegar em valores como R$ 150 ida e volta.

E depois de aterrissar, a melhor forma de percorrer o trajeto aeroporto-chapada seria de carro, o que leva 3 horas (dificilmente haverá trânsito). Durante a viagem, devido a longa distância entre os passeios, a recomendação é para que você tenha o seu próprio carro, desse modo, você terá sua autonomia e isso fará toda a diferença.  

Estar de carro na Chapada é a opção mais vantajosa, a menos que você esteja fechando pacotes de excursão para a viagem, que inclui traslados aeroporto-chapada (ou você também pode pagar para um táxi ou um Blablácar te levar até o seu respectivo vilarejo na Chapada).

 

IR DE CARRO

Para os aventurosos (palavra bonita para não precisar dizer econômicos), existe uma alternativa: ir de carro. Se considerarmos a saída de São Paulo serão 1.193 quilômetros de estrada, o que equivale a quase 15 horas. Se você estiver em um pessoal, disposto a dividir a direção, essa opção é ainda mais viável.

É uma oportunidade de chegar na Chapada tendo atravessado o Brasil, observando pela janela a transição do Sudeste até chegar em meio ao árido Centro-Oeste do Brasil. Essa experiencia é para poucos, até porque você acaba perdendo dois dias de viagem só com a locomoção e para muitos viajantes não compensa

 

ÔNIBUS

Aos que insistem em ir sem carro, ônibus também é uma opção. A rodoviária de Brasília fica ao lado do aeroporto e oferece ônibus para Alto Paraíso a partir de R$ 50. O primeiro ônibus sai por volta das 10h, o último por volta das 21h e o trajeto dura cerca de quatro horas.

Caso você esteja se hospedando em São Jorge ou Cavalcante, é interessante contatar a sua pousada ou o seu locatário, por exemplo, para saber se eles conhecem alguém que poderia te levar de Alto Paraíso até seu respectivo vilarejo. Eles provavelmente conhecem, principalmente se for para te levar até São Jorge, que fica só a 40 minutos de distância. Já Cavalcante fica a 1h30 então pode ser mais complicado, mas há muitas pessoas que realizam esse serviço, não custa nada perguntar.

A Chapada é conhecida pelas caronas e ao longo da viagem você realmente vai ver muitas pessoas na beira da estrada pedindo uma carona, mas, nem por isso, a experiência é de todo fácil. Se você for sem seu próprio carro, a menos que você esteja com um pacote de passeios fechados, você sempre dependerá da boa vontade alheia e, muitas vezes, dos seus respectivos itinerários, sem conseguir ‘escolher’ para onde ir. Falo por experiência!  

 

TÁXI /BLÁ BLÁ CAR

Saindo do aeroporto você verá uma fila de táxis dos quais, alguns, estão dispostos a levar você até o seu vilarejo na Chapada dos Veadeiros. O custo do trajeto varia de R$700 a R$850.

Para os econômicos ou para os que querem garantir a carona antes de sair de casa, outra opção é o BlaBlá Car, aplicativo de carona para viagens que costuma sair bem mais em conta, cerca de R$40 e você consegue agendar com antecedência. Você só precisa baixar o aplicativo e procurar por uma carona que coincida com os seus horários, tanto na saída do aeroporto quanto na volta (a menos que você mude a forma de locomoção em algum dos trajetos). Entre ônibus e táxi, essa é a melhor opção, porque é mais barata e mais exclusiva.

 

 

Transporte

ALUGUEL CARRO

Para uma semana, o custo do aluguel de um carro básico é a partir de R$ 700; mas também leve em conta os gastos com gasolina. A de Goiás é considerada uma das mais custosas do Brasil, com uma média de R$ 6,55 no ano de 2021, além de que a gasolina do posto de Alto Paraíso está — supostamente — adulterada, ela acaba bem mais rápido do que o normal.

E para uma viagem em que você percorrerá longas distâncias, em estradas de terra e asfalto, estas consumidas por um calor latente (haja ar-condicionado), você gastará muita gasolina. Contabilize um total de R$ 1.500 para arcar com as despesas do transporte (aluguel do carro e gasolina), despesas potencialmente divididas em pelo menos mais uma pessoa.

Aliás, não é imprescindível, mas o ideal mesmo é que você alugue um carro 4×4 para evitar qualquer perrengue. Se não um 4×4, considere ao menos alugar um carro alto. Isso até lhe permitirá conhecer certas cachoeiras inacessíveis por carros que não são 4×4 ou altos, o que acontece bastante na época da cheia, de novembro a março, quando os rios aumentam muito o volume.

Os carros 4×4 costumam ser mais caros, mas, se você mapear um roteiro para a sua viagem, você vai descobrir que algumas cachoeiras só poderão ser acessadas desta forma ou, pelo menos, acessadas de uma maneira mais tranquila e rápida. E para que você não tenha que contratar um guia com 4×4, o que pode custar um bom dinheiro, você já garante seu próprio carro 4×4.