Azulik é um dos hotéis mais luxuosos  e mais polêmicos de Tulum. Na alta temporada, as diárias ultrapassam os US$ 1.000, o que faz com que a exigência e a expectativa sejam muito altas. Porém, assim que você chega neste oásis, você percebe não haver interruptores de luz, muito menos tomadas elétricas suficientes no quarto. Televisões e telefones, nem pensar — a comunicação com a equipe do hotel acontece apenas com um sistema de comunicação interno criativo usando apenas papel e madeira. 

A missão do Azulik é oferecer uma experiência única e ecológica aos seus convidados. Nenhum rastro de modernidade tecnológica nas acomodações, facilitando a interação com a natureza. Os ambientes se iluminam com as velas acendidas por funcionários, enquanto os banhos são feitos à moda antiga: com a ajuda de uma cuia. A água que sai da torneira é salgada, mas é garantida a temperatura agradável nos banhos. 

A construção do hotel também segue a proposta sustentável: não há paredes de alvenaria. Os 48 chalés, também conhecidos como villas, foram construídos à mão com madeira e materiais ecológicos de origem local. Aliás, tudo isso sob um cenote, lugar sagrado e porta de entrada para Xibalba, que seria o submundo, para os maias – aqui você pode saber mais sobre as suas particularidades – que abastece o local. 

São sete estilos diferentes de suítes, onde cada uma enaltece um aspecto da cultura: Aqua Villa, Jungle Villa, Aztec, Mayan Villa, Moon Vila – perfeito para casais -, Sea Villa e, por fim, Sky Villas que possui a melhor vista do mar caribenho. Independente de suas escolha, todos os quartos e suítes possuem cenários exuberantes de suas janelas. Apesar de espaçosas, cada acomodação pode receber no máximo duas pessoas, ou seja, não é possível pedir camas extras. Os quartos são equipados apenas com camas kings, mosqueteiros e ventiladores.

A arquitetura é incrível, ousada e criativa. Os detalhes em bambu e bejuco  – uma espécie de trepadeira local que pode ser moldada quando fresca e, quando seca, se torna bem resistente – dão charme, tornando o hotel um dos mais procurados para ensaios fotográficos de modelos ou influenciadoras. Apesar de ser um dos mais instagramáveis, é estritamente proibida fotos com câmeras profissionais sem uma autorização prévia do hotel. Caso te flagrem com uma DSL ou drone, você pode ser surpreendido com uma multa bem salgada, batendo os US$ 5.000. 

A ala gastronômica é uma das mais famosas da região e, inclusive, é aberto ao público. Kin Toh é deslumbrante e oferece um dos melhores cardápios da culinária maia. O melhor lugar para apreciar suas refeições é observando a vista panorâmica do mar caribenho nas mesas em forma de ninho, reservadas apenas para os hóspedes que consumirem US$ 1.000. A cozinha está sob o comando do Chef Jaime Coll, vencedor do prêmio Michelin 2010 que utiliza o melhor dos ingredientes locais e orgânicos para garantir uma experiência culinária inesquecível. Já o Tseen Ja garante a fusão criativa da culinária mexicana e japonesa.

Por ser mais isolada, usar trajes de banho é opcional na praia do hotel – balanços e guarda-sóis ficam a disposição. O hotel ainda construiu um clube de praia privativo, IMIX, o qual os turistas podem relaxar, apreciar bons pratos e drinques. 

Além disso, o Azulik também oferece uma variedade de tratamentos que destacam a herança espiritual e a cura natural. Experimente um Temazcal, ritual que propicia a purificação dos corpos físico, mental, emocional e espiritual, durante a sua estádia ou contemple o nascer do sol com uma aula de yoga em grupo (sem nenhum custo adicional)

Por fim, o hotel ainda cede lugar ao museu SFER IK, o qual foi construído por Santiago Rumney Guggnheim, bisneto da colecionadora de arte Peggy Guggenheim, e Eduardo Neira, responsável pelo Azulik. O local não apresenta piso, teto, muito menos paredes convencionais, porém com formas orgânicas em concreto, bejuco retorcido para justamente causar um impacto de reflexão e conexão dos hóspedes com a arte contemporânea. Aliás, o uso de sapatos é proibido no interior do museu. 

A média das diárias variam de US$ 1.200 a US$  8.600, incluindo apenas a hospedagem. Vale lembrar que por não ter uma arquitetura muito convencional, o hotel é destinado apenas para adultos maiores de 18 anos. Além disso, ao contrário do Ahau, o Azulik não permite a entrada de animais em suas dependências.